O artigo Por que Shopper Marketing?, publicado recentemente no portal HSM Online gerou uma série de questionamentos dos leitores. Em resposta ao debate, o consultor Rique Nitzsche, professor de Design Estratégico da pós-graduação da ESPM-Rio, elaborou algumas reflexões sobre o conceito e suas aplicações no ponto-de-venda. Vamos a elas:
– O Shopper Marketing está interessado em compreender como o comprador age, não como o consumidor pensa. O Marketing tradicional está focado no consumidor, aquele que adquire mercadorias, riquezas e serviços, normalmente para uso próprio ou para sua família.
– O Shopper Marketing é um neologismo que procura juntar a ciência do Marketing (no caso do Trade Marketing) com os conhecimentos recentes sobre o comportamento do shopper dentro dos pontos-de-venda. Não existem ainda estudos mais definitivos sobre o comportamento dos compradores diante de um ponto-de-venda remoto.
– O Shopper Marketing não entra em conflito com qualquer outra ferramenta do Marketing, estuda os compradores antes de se lançar um programa de comunicação no ponto-de-venda. O seu grande objetivo é descobrir como se comunicar da forma mais eficiente com uma pessoa que está em movimento, com 85% do seu cérebro ajustado no módulo automático, e ainda ser fiel aos princípios já elaborados de uma marca: posicionamento, branding, mensagem publicitária, promoção, atendimento, relacionamento humano etc.
– O Shopper Marketing precisa ser bastante simples e eficaz porque o comprador está em um transe dinâmico. Quanto mais complexa for a mensagem, mais dispersa e indiferente será a reação do comprador. Elas precisam ser simples, diretas, transparentes, autênticas, informativas, significativas, sustentáveis e únicas para atender as necessidades, desejos e sonhos dos compradores. O Shopper Marketing foi criado para atender aos compradores, não para confundi-los.
– O ponto-de-venda precisa ser reinventado, adaptado às novas realidades dos clientes, das marcas, dos lojistas e principalmente dos shoppers, essas pessoas que insistem em se satisfazer, comprando.
Sempre é bom saber das novidades e o que nossos pensadores estão elaborando de novas técnicas nesse mundo cada vez mais competitivo. Usar ou não usar depende muito de critério pessoal e, como diriam nossos avós: são outros quinhentos.