A mente humana é mesmo prodigiosa e desencadeia pensamentos e conjunções que nos levam a cada desenlace, muitas vezes surpreendentes.
Dia desses, em uma aula de estatística, apresentei aos alunos um caso de uma indústria farmacêutica relativo ao ritual de lançamento de um novo medicamento destinado à cura de determinada enfermidade.
O exercício trazia o procedimento padrão internacional que consiste em submeter uma determinada quantidade de voluntários ao uso controlado da nova droga.
O que os voluntários não sabem é que apenas a metade deles recebe a verdadeira droga enquanto a outra metade recebe apenas um inócuo placebo.
O que chamou à atenção no exercício foi quem dentre os voluntários não medicados, ou seja, dentre aqueles que receberam apenas o placebo, o índice de cura foi superior a 60%.
Ora, se não houve aplicação do remédio, o que explica tamanho índice de cura? O que curou as pessoas deste grupo foi a “certeza” de estar tomando algo que o faria ficar livre daquela doença. Esta “certeza” também pode ser chamada de fé e ajuda a explicar fenômenos extraordinários vivenciados em todos os tempos e em todos os lugares.
A capacidade do corpo se curar por si próprio, sem a necessidade do auxílio luxuoso de um remédio apresenta uma pequena amostra do mistério que se esconde a sete chaves no interior deste fantástico laboratório que nos acostumamos a chamar de Corpo Humano.
Pesquisas e mais pesquisas continuam demonstrando que qualquer pessoa por mais bem dotada mentalmente que possa ser, usa durante toda a sua vida apenas uma única parcela decimal de seu cérebro e, nestas circunstâncias nos resta questionar sobre que outras maravilhas estarão reservadas para aqueles que conseguirem aumentar seu controle sobre esses 90% adormecidos.
O teste da eficiência do medicamento apresenta o resultado do que é capaz de realizar uma mente motivada e corretamente direcionada. Textos muito antigos trazem reiteradamente mensagens sobre o poder da fé e muitas organizações se utilizam deste fenômeno para vender uma verdadeira indústria de “milagres” alicerçada sobre a misteriosa e ainda incontrolável capacidade de realizações ainda inexplicáveis para nossa geração que ainda sabe se utilizar de uma parcela tão pequena deste incrível, prodigioso e ainda misterioso laboratório.
O que será que o futuro e a evolução do bicho gente nos revelará?
Quem viver verá.