CRISE – II

Crise é momento de usar a inteligência, principalmente aqueles que têm a responsabilidade de gerir as riquezas públicas.

A forma ideal de gerar riquezas é fazer girar a RODA DA FORTUNA com a criação de políticas que permitam o surgimento da ocupação e do trabalho que, antigamente, era apenas chamado de “emprego”.

Trabalho gera renda.  Renda gera possibilidade de consumo.  Consumo gera mais trabalho, mais renda, mais consumo.  É o chamado ciclo virtuoso.

Quando se pensa macro, no âmbito daqueles que detêm a posse temporária da caneta, esse é um momento que aponta claramente quem é estadista e quem é oportunista.

Quando os índices gerais apontam quedas variadas de consumo em vários setores, começam a crescer as curvas de desemprego e de perspectiva de desemprego.  As autoridades da vez pedem para o povo não parar de consumir.  Mas como manter o consumo com a lâmina do desemprego acionada e balançando agourenta para lá e para cá e descendo rumo ao nosso pescoço?

O momento é adequado aos donos da mala pública incentivarem certo, designarem recursos aos setores que possibilitem rápida absorção de mão-de-obra, gerando novos postos de trabalho, lançando dinheiro para circulação no mercado e, assim, permitindo o maior grau possível de manutenção do consumo.

Milagre ?  Nada disso.  Trata-se de aproveitar o limão oferecido pela economia mundial e tratar de fazer, rapidamente, uma batidinha, ou até mesmo uma simples limonada investindo maciçamente na reconstrução de nossa combalida infra-estrutura.

Vamos aproveitar enquanto todos olham para as ajudas milionárias reivindicadas por grandes conglomerados para se manterem vivos e tratar de investir em construção e recuperação de estradas decentes, ferrovias, portos, armazéns e silos, saneamento básico, escolas, escolas e escolas.

Seriam gerados milhares, senão milhões de novos postos de trabalho e, ao final da crise, estaríamos mais preparados do que nunca para o novo tempo que estará chegando, com uma nova ordem mundial e com um rearranjo político mundial certamente diferente do atual.

Já pararam para pensar onde poderíamos estar no final desta sucessão mundial de crises, com a casa arrumada e, ainda por cima às vésperas de sediar uma Copa do Mundo de futebol e uma olimpíada?

Ah!   Ser brasileiro poderia ser ainda melhor…

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