É recorrente a história de professores de empreendedorismo que receberam testemunhos de alunos que, inicialmente, não vinham entendendo a razão da disciplina ter sido incluída na grade curricular e que depois, acabaram percebendo que se tratava de uma das mais importantes para sua formação profissional.
É através do estudo do empreendedorismo que se toma conhecimento de que a vida escolar não se resume a obter um diploma que possa garantir a colocação em algum emprego futuro.
Em primeiro lugar, o diploma não oferece esta garantia, mas sim a competência adquirida.
Em segundo lugar, emprego é palavra cada vez mais difícil de ser usada, como vimos anteriormente.
Finalmente, a garantia de colocação no mercado de trabalho depende de uma série de circunstâncias, de coincidências e de atitudes como competência profissional, capacidade de relacionamento e comprometimento individual.
Ao se estudar empreendedorismo, faz-se incursões interessantes em outras áreas do conhecimento humano como, comportamento pessoal e organizacional, recursos humanos, comunicação, ética, marketing, etc
Estudar empreendedorismo permite descobrir a diferença que existe entre empreendedor e empresário e aprender que nem todo empreendedor é empresário mas todo empresário, para ter sucesso, necessita ser empreendedor.
Para ter sucesso como empregado, toda pessoa precisa se tornar um empreendedor de maneira a transformar as dificuldades do caminho em possibilidades de promoções e crescimento pessoal sendo uma dessas maneiras , procurar se tornar indispensável dentro da estrutura organizacional em que esteja inserido.
Outra vantagem de se estudar empreendedorismo na escola é o de ter a oportunidade de conhecer o que vem a ser um Plano de Negócio e depois, na vida profissional, estar familiarizado, conscientizado e capacitado para sua preparação, elaboração e detalhamento.
Ao sair da ótica centenária de treinar pessoas apenas para preencherem vagas nas empresas, as escolas que começam a oferecer estudo de empreendedorismo em suas grades curriculares, estão lançando no mercado, candidatos com maior capacidade de gerar lucros a seus empregadores e, assim, num primeiro momento , estão colaborando para inverter uma polaridade social interessante pois seus alunos têm a oportunidade de se tornarem fortes candidatos a empregados num mercado com emprego em baixa.
Trata-se do mesmo paradoxo que se observa quando, para fugir do desemprego, um empreendedor inicia um novo negócio e logo, com o seu próprio crescimento, acaba proporcionando a geração de novos empregos para auxiliares que irão permitir e viabilizar esse seu crescimento.
Temos, desta forma, o estabelecimento de um bem-vindo círculo virtuoso onde o desemprego gera empreendedorismo e o empreendedorismo gera emprego.
Ao formar profissionais empreendedores as escolas estarão oferecendo ao mercado, funcionários mais capazes de dar lucro a seus empregadores e isso é tudo o que qualquer empreendedor sonha ao abrir ou ao desenvolver o seu próprio negócio.
Já se nota uma certa tendência em um grande número de escolas, desde o ensino fundamental, passando pelo médio e já chegando até ao ensino superior, em brindar seus alunos com matérias ligadas ao tema do empreendedorismo e, tudo leva a crer que essa tendência seja irreversível, o que é muito bom.
A própria literatura, escassa até há bem pouco tempo, começa a surgir com bons títulos advindos dos mais diversos países do universo.
De repente, parece que o mundo acordou para a necessidade de incutir o “vírus”do empreendedorismo na maioria de sua população ativa e torna-se bastante visível que o desconhecimento dos princípios e das técnicas deste novo verdadeiro fundamento social está, lenta mas inexoravelmente, se constituindo num parâmetro de divisão de águas comparável ao surgimento da informática, poucas décadas atrás.
Muito em breve o mundo poderá também ser catalogado como “antes e depois do advento do empreendedorismo”, como já foi “antes e depois da máquina a vapor”, “antes e depois do avião”, “antes e depois da televisão”, “antes e depois do celular “ etc.
Estudar empreendedorismo acaba sendo até, em determinadas situações, verdadeiras imersões em sessões de auto-ajuda, pois serve enormemente para ajudar a desenvolver a auto-estima dos alunos e a lhes oferecer boas doses de coragem para enfrentar o tão temido “mundo lá de fora”.
Estuda-se já a realização de testes que permitam avaliar o perfil empreendedor do aluno antes e depois de sua permanência na escola, como forma de aferir o efeito da medida de se ter introduzido a disciplina na grade curricular.
Esta providência deverá ser de grande valia para o contínuo aperfeiçoamento das formas e maneiras desta apresentação, contribuindo decisivamente para a elaboração de novas ferramentas didático-pedagógicas especificamente destinadas ao desenvolvimento da nova disciplina.
Este artigo é um desserviço para a educação. Ser um empreendedor exige entre outras coisas muito estudo. De modo, que dizer que o caminho acadêmico é desnecessário é patético. Muitos empreendedores não prosperam pela ausência de planejamento e preparo.
Tamires Marinho, vou esperar você ler o meu artigo antes de responder o seu comentário já que suas observações me fazem pensar que leu alguma outra coisa e errou o endereço da resposta. Releia, por favor e retorne para que possamos debater o tema. Aguardo. Espero que as outras pessoas que leram e comentaram o mencionado artigo se manifestem sobre o assunto. Boa noite a todos.