Eu tinha me prometido nunca tratar de alguns temas polêmicos controversos e explosivos como religião, futebol e política mas o dia-a-dia, de uns tempos para cá, tem tornado impossível cumprir isso ao pé da letra. Afinal, por mais incrível que possa parecer, sou humano e tenho algum sangue correndo nas veias. Impossível testemunhar tanta coisa, ouvir tanta barbaridade, ver tanta iniquidade e ficar omisso, calado, inerte e fazendo de conta que está tudo bem. Estamos vivendo tempos incomuns. A ordem das coisas está irreconhecível. Cada um dos três poderes está, a cada dia, menos poderoso. O executivo não consegue executar, o legislativo só consegue legislar em causa própria e o judiciário não faz justiça por não ter estatura moral para exercê-la.
Aqueles mais diretamente atingidos por tal descalabro, cada dia mais profundo, nós, o povo brasileiro, graças ao continuado estado de ignorância patrocinado por aquela casta acima citada, estamos sistematicamente ignorados e colocados no final da fila das prioridades.
A simples observação dos acontecimentos demonstra claramente que, quem deveria estar tratando de nossos interesses, só pensa mesmo nos seus próprios. Nós somos invisíveis e desnecessários a não ser em época de eleições e, como bons cordeirinhos, fazemos sempre e sempre e sempre o jogo deles. Somos engambelados, enganados, traídos, roubados, usados e descartados a cada dois anos e não aprendemos. Fomos treinados assim desde a pré-escola.
Nossos governantes, depois de nos roubar tudo, abriram um rombo de tal dimensão na economia de nosso gigante eternamente adormecido que a solução do problema chegou à beira da impossibilidade de solução.
De repente, cai no colo de um desses personagens suspeitos, a titânica tarefa de tentar dar início a um processo de recuperação e este personagem, mesmo sob suspeita e sem nenhum apoio do povo que o elegeu, dá sinais de estar fazendo o melhor possível para o país. Toma medidas amargas, duras, impopulares mas necessárias mesmo aos olhos de alguns especialistas não alinhados e, lentamente vai trazendo os índices indicativos para níveis reconhecidamente melhores. Arrependimento? Patriotismo? Medo? Competência? Sei lá…
Mas, neste momento, o que vemos? Vemos uma série de acontecimentos explosivos pipocarem na imprensa, minando e desestruturando as poucas iniciativas de sucesso e procurando estabelecer o caos absoluto. As poucas pedras colocadas na construção desta nova parede da nossa nova casa estão sendo abaladas, removidas, destruídas.
Solucionar para que? Interessa a quem? Consertar agora? Ainda é cedo. Os filhos e netos que se virem no futuro. Parar agora que está chegando a minha vez? Não. Não. Não. Agora não.
Quando ouço um elemento da oposição gritar dizendo que vai trabalhar para bloquear toda e qualquer iniciativa do governo, ouço alguém gritar em interesse próprio sem pensar por um instante sequer no povo desempregado, faminto e explorado. Não se vê nenhum espírito positivo de discutir as propostas de alterações visando o resgate do futuro, buscando a recuperação da economia, sugerindo medidas inteligentes.
Quando vejo uma manifestação popular apontando apenas para o último escândalo sem ter a educação e o discernimento para analisar o presente olhando para o passado e vislumbrando o futuro, dá tristeza. Os poderosos conseguiram chegar onde sempre quiseram, nos transformando em uma massa manobrável de escravos trabalhando, geração após geração, para mantê-los em seus castelos de corrupção e impunidade.
Quero deixar claro que quero, sim, ver todos os culpados exemplarmente punidos sem privilégios e com tudo rigorosamente dentro da lei mas há dois problemas sérios: 1- os poderes que estão julgando não são confiáveis e não fazem por merecer o poder que receberam e 2- o Brasil não pode esperar e está se esvaindo em suor e sangue de uns e insensibilidade e descaramento de outros.
Enquanto não aprovam a tributação da fé, tratemos de rezar e pedir inspiração para eliminar esta corja que tomou conta de nossa pátria e iluminação divina para encontrar ideias e sugestões que possam ajudar a colocar nosso amado navio de volta na rota do sucesso.
Eu quero e tenho certeza de que você também quer poder voltar a ser reconhecido, em qualquer lugar deste planeta, como brasileiro um cidadão do mundo, honesto, honrado, confiável, justo e digno de confiança.
Chega de partidos que só estão interessados em benesses para seus membros.
Chega de juízes indicados por caciques passageiros.
Chega da política do toma lá dá cá.
Chega de leis protecionistas e injustas.
Chega de impunidade.
Chega de enriquecimentos ilícitos.
Chega de aceitar política como profissão.
Chega de privilégios.
Vamos tratar de acelerar a chegada da era onde:
Políticos trabalharão para a melhoria das leis e em benefício dos cidadãos.
Juízes, ministros e autoridades chegarão aos cargos por mérito e não por indicação de interessados.
Todo crime comprovado será punido com os rigores da lei independentemente da posição social do réu.
Os trabalhadores serão remunerados por sua competência e produtividade.
Então, todos nós seremos orgulhosos de pertencer a esta BRAVA GENTE BRASILEIRA.
Amém.