Funcionários ou parceiros ?

Ao se dizer que os melhores funcionários são aqueles que agem como se fossem patrões não se está incentivando uma inversão de valores onde o funcionário manda e o patrão obedece.

Calma!

A idéia é que, pensar como patrão significa cuidar das coisas da empresa como se fossem suas, ajudar a evitar desperdícios, vestir a camisa, comprometer-se com os resultados e engajar-se na luta pela fidelização da clientela.

O funcionário-parceiro tem consciência de quanto custa para a empresa e sabe que os encargos incidentes sobre seu salário também devem ser pagos pelo resultado de seu trabalho e, desta forma, trata de garantir a sua vaga se tornando cada vez mais indispensável e mais produtivo.

Sabe que, com o fantasma do desemprego rondando por perto, logo ali na rua, na calçada, na esquina ao lado existem inúmeros candidatos de olho na sua vaga e se oferecendo para ocupá-la em troca de salários inferiores.

Ser produtivo, parceiro, interessado, comprometido, bem humorado, competente, estudioso são características do funcionário-parceiro, que pensa como patrão e garante a cada dia a manutenção de seu trabalho e suas chances de crescimento profissional.

É através da atuação e do comprometimento do funcionário-parceiro, que o patrão acaba sabendo mais sobre sua clientela pois é ele que mantém o maior contato e, assim, ouve as críticas, capta as sugestões, detecta as falhas e propõe alternativas de melhoria.

O empregado-parceiro é um empreendedor e pratica seu empreendedorismo na manutenção produtiva de seu espaço, tornando-se a cada dia mais indispensável ao negócio e ajudando na solução dos problemas diários de maneira a se sentir e a agir como uma peça das mais importantes no mecanismo geral da empresa assumindo um papel de protagonista e não apenas de coadjuvante.

O empregado-parceiro não pede aumento, faz jus a ele.

O empregado-parceiro não espera ser mandado, simplesmente atua.

O empregado-parceiro veste a camisa da empresa.

O empregado-parceiro serve a empresa e não se serve dela.

O empregado-parceiro sabe trabalhar em equipe.

O empregado-parceiro trabalha feliz e irradia paz no ambiente.

O empregado-parceiro ensina o que sabe.

O empregado-parceiro não se acomoda

O empregado-parceiro anda na frente e se atualiza sempre.

O empregado-parceiro é…….parceiro.

Empregado parceiro empreendedor é aquele que faz jus ao seu ganho e oferece, com o seu trabalho, o maior ganho para a empresa.  Sabe que quanto mais a empresa lucrar com o seu serviço, mais ele estará valorizado e mais indispensável à estrutura organizacional.

O outro lado da moeda também é verdadeiro pois ao ser empreendedor e não ver seus esforços recompensados pela empresa, o empregado-parceiro-empreendedor tem portas abertas permanentemente na concorrência, o que um patrão empreendedor, certamente, saberá detectar e dimensionar.

A conclusão natural é que sempre valerá a pena buscar ser um empregado empreendedor mesmo para um patrão não sintonizado pois, se o crescimento não acontecer nesta empresa, acontecerá em outra, usando a experiência adquirida na primeira.

Ora, pela simples observação da lei de oferta e demanda, ao se tornar mais indispensável, o empregado se tornará mais valioso e mais estável.  Por mais alto que venha a ser o seu salário, o retorno que seu trabalho dará à empresa o tornará leve e importante.  Muito mais do que aquele que chega no horário, faz suas obrigações, trabalha  sem dar motivos a críticas mas se mantém limitado e sem brilho para ascender a postos de maior responsabilidade.

Em resumo, empregado empreendedor dá mais lucro e lucro é, e deve sempre ser, a palavra de ordem de qualquer empresa.  Se não for assim, a empresa deve se transformar logo em alguma ONG e pronto.  Empresas existem para gerar riquezas, para dar lucro, para apresentar resultados financeiramente positivos e o empregado que tem pretensões de se manter nela, deve conhecer esses princípios e dar tudo de si para ser um agente impulsionador do sucesso da empresa, propiciando com  atitudes, competência e disciplina, suas conseqüentes ascensões.

 

Patrões ou parceiros ?

Alguém já disse que o melhor patrão é aquele que age como empregado ao passo que o melhor empregado é, exatamente, aquele que age como patrão.

Esta aparente incoerência pode ser entendida se analisarmos que patrão agir como empregado deve ser entendido como se valer da atitude de manter diálogos com os supervisados, ouvir suas críticas e sugestões e ser sensível a suas reivindicações e seus desejos.

Afinal de contas, na maioria das vezes é exatamente o funcionário que mantém o maior contato com os clientes da empresa e consegue saber o que eles pensam e esperam de nosso negócio.

É também a pessoa que fica mais tempo no espaço reservado ao público e pode, assim, oferecer as melhores sugestões para tornar o ambiente mais agradável e produtivo.

Ouvir o funcionário significa eliminar o degrau do relacionamento e demonstrar-se um ser igual, respeitando o ser humano que existe dentro do outro e demonstrando respeito por suas opiniões e posicionamentos.  Ao contrário do que se poderia imaginar, este tipo de relacionamento não estremece a relação de hierarquia, muito pelo contrário, gera sentimento de boa vontade e aguça o sentido da camaradagem criando um ar de cumplicidade positiva bilateral.

Não se está aqui querendo dizer que o patrão deve ser “bonzinho” e fazer vista grossa para os erros cometidos pelos funcionários.

Na verdade a idéia é a de que, ao se reduzir a distância hierárquica, possa-se gerar certo clima de companheirismo e cumplicidade permitindo que os funcionários não se intimidem em apontarem falhas e apresentar medidas aplicáveis para as soluções.

Nada pior para o desenvolvimento de uma empresa do que alguém que esteja em nível superior de comando se julgue um ser superior ao seu comandado desprezando suas idéias, menosprezando suas sugestões e ridicularizando suas tentativas de envolvimento.

A distância fica tão grande que pode vir a se tornar intransponível e uma valiosa fonte de informações se perderá irremediavelmente.

Patrões devem procurar se tornar parceiros de seus funcionários até para obter maior retorno sobre seus investimentos na empresa.

Quando se diz que os patrões, de repente perceberam a vantagem de se preocupar com a felicidade dos funcionários, isso evidentemente não significa que ficaram “bonzinhos” de graça.

Na verdade, o que as pesquisas mostram é que aumento de felicidade traz como conseqüência imediata, aumento de produtividade.

E é, de certa forma óbvio, pois pessoas felizes, em paz consigo mesmas, se libertam de tensões e conseguem transformar o trabalho em uma nova e renovada fonte de prazer.

Não é nova a idéia de que, “quem trabalha no que gosta faz com que o trabalho se transforme na maior fonte de prazer” ou “quem trabalha no que gosta e sabe fazer o que se propõe, vive em permanente estado de lazer”.

Estes antigos sabiam das coisas.

Patrões parceiros estabelecem parâmetros que permitem o crescimento de seus comandados e sabem detectar entre eles, aqueles que têm perfil de comandantes e os que têm perfil de comandados.  Não se pode colocar gatos para puxar trenó.  O patrão parceiro estimula o desenvolvimento das potencialidades de cada um de seus comandados e, depois, de alguma forma, permite a evolução e descobre alguma maneira de se beneficiar com isso.

O patrão parceiro sabe que, se tentar frear o espírito ascendente de seu supervisado, acabará por criar um inimigo poderoso, mas tem uma chance de aproveitar essa índole empreendedora do funcionário em benefício mútuo.

Patrões parceiros empreendedores estão permanentemente em busca de colaboradores com espírito empreendedor, pois este será o que lhe apresentará o melhor resultado e, com isso, será o de menor peso pecuniário dentro do organograma.

 

Empreendorismo e casamento

Oportunidades foram feitas para serem aproveitadas e as não aproveitadas podem vir a ser fonte de enormes arrependimentos, sem jamais esquecer que o arrependimento pela omissão é enormemente maior do que o do fracasso.  Em outras palavras, dói menos errar do que não tentar.

Aliás, “feeling” que não deixa de ter uma certa semelhança com aquele do casamento, como mencionamos em um dos artigos anteriores

Da mesma forma que o casamento, empreender depende de uma enorme dose de amor e de desprendimento.  Assim como não se casa com alguém desconhecido, não se deve nem pensar em empreender algo que não se tenha domínio absoluto sobre o negócio.  Riscos sempre existem, mas também aqui devem ser perfeitamente calculados.  Ninguém se casa com o pensamento voltado para o divórcio ou para a separação, mas deve-se estar preparado para a hipótese. 

Não basta sonhar com o sucesso, é preciso trabalhar diuturnamente em prol de seu acontecimento.  Ter sucesso dá trabalho.  Muito trabalho em ambos os casos.  Trocar a vida de solteiro pela de casado é um impacto semelhante ao de trocar a vida de descompromisso natural com a de empreendedor comprometido com seu negócio.

Um empreendimento, assim como um casamento, deve e precisa ser vivido 24 horas por dia, com a maior intensidade.  Um bom empreendedor não pode dormir em camas separadas com o seu negócio.  Quem tem horário de trabalho é empregado omisso e irresponsável.  Por isso é preciso estar perdidamente apaixonado pelo negócio e estar preparado para conviver com ele por toda a vida. 

Se as etapas preliminares forem bem cumpridas e o acompanhamento for satisfatório, o amor só crescerá com o tempo e, com o amor chegarão os filhos, os netos, os lucros, o crescimento, as filiais, o sucesso.

Empreender é se casar com comunhão total e irrestrita de bens.

Case-se com o seu empreendimento e seja feliz para sempre.

 

A hora H

Na verdade o empreendedor é o único que sabe a verdadeira hora de se lançar em busca da realização de seu sonho e o momento mais propício a transformar um plano de negócio em um Negócio.

Esta é a hora de lembrar que empreendedorismo é música que se toca com partitura e não “de ouvido”.  Nada de tentar “tocar” o negócio com tudo na cabeça.  Não funciona.

Se um Plano de Negócio foi feito é para ser seguido.  Já imaginaram um engenheiro fazer um projeto de um prédio de muitos andares e, depois, durante a construção, deixar o projeto de lado e apenas seguir suas intuições ? E é, exatamente essa guinada de ter de aprender a administrar cada detalhe, cumprir cada prazo, atingir cada meta que vai separar os vitoriosos dos fracassados.

É realmente difícil, de repente, ter de aprender a registrar tudo, cada detalhe, cada decisão, cada centavo onde, antes não se fazia nada disso e tudo andava à deriva, na base do “achismo” e da preguiça, mas é essa mudança de atitude, essa quebra de paradigma, essa nova disciplina, esse novo compromisso assumido com responsabilidade e plena consciência que acabará por fazer a diferença.

É uma questão de “feeling” pessoal se o candidato a empreendedor vai poder, finalmente, avaliar com a maior precisão possível se está realmente capacitado e pronto para assumir o leme e conduzir o empreendimento ou se terá mesmo de se conformar em ocupar apenas o lugar de conselheiro e incentivador.  É a hora de saber se está pronto para ser executivo ou ainda continua na fase de executor.

O momento de empreender não é medido pelo relógio mas pelo “feeling” interior de cada um, que faz soar uma espécie de campainha mental capaz de acordar o indivíduo para a necessidade de mudar seu comportamento e alterar formas tradicionais de encarar a realidade.

Seria como se, de repente, viesse de dentro, uma tremenda compulsão capaz de  transformar desejos em capacidade de ação e removesse névoas de dúvidas, medos e incertezas substituindo-as por luzes de esperança, de decisão e de determinação para uma guinada que colocasse a vida em rota de orientação ao sucesso.

Aliás, esse é um dos momentos da vida onde os antigos dizem que passa pela pessoa o cavalo encilhado do sucesso e é preciso estar atento para não deixar escapar a oportunidade de montá-lo imediatamente pois pode demorar a ocorrer outra chance semelhante.

 

Empreendedor X Empreendedor

Já destacamos aqui a figura do empreendedor empresarial, cujo objetivo primeiro é o lucro, o sucesso financeiro daquele outro tipo de empreendedor que vislumbra outro tipo de sonho completamente diferente.  O sonho de ver prosperar sua comunidade, de ver melhorar a qualidade de vida de pessoas menos favorecidas, de ter a chance de oferecer novas oportunidades e novas alternativas para pessoas menos bafejadas pela sorte ou pelo próprio meio onde vivem, ou sobrevivem.

Tratam-se dos empreendedores sociais, cada vez mais freqüentes nas mais diversas formas de ONGs-Organizações Não Governamentais que proliferam por todo o planeta.

Todo empreendimento se inicia com um sonho que deve ser trabalhado cuidadosamente através de um planejamento cuidadoso e detalhado onde se procure identificar todos e cada um dos pontos prós e contra de maneira a se estar preparado para enfrentar qualquer tipo de situação.

Este sonho, desde que factível, depois de passar pela fase do planejamento, começa a tomar contornos mais claros e passa a ser encarado como uma verdadeira possibilidade.

Aqui o empreendedor já começa a enxergar o seu sonho, seu lugar de funcionamento, suas dimensões, suas instalações, seus fornecedores, seus clientes e até seu cheiro.

Deixa de ser sonho para ser uma verdadeira sensação física.

O passo seguinte é a transformação final em realidade.

Esta fase final é a que exige a maior dose de coragem, determinação, segurança, persistência e muita garra e disposição para o trabalho.

Muitas vezes esse é o momento maior da vida de uma pessoa.

O momento da guinada, da mudança de comandado para comandante, do dirigido para dirigente, de conformado para confiante, de aterrissagem para decolagem.