Emprego e empregabilidade

Empreender com sucesso passa necessariamente por um planejamento cuidadoso e detalhado onde todos os pontos devem ser analisados com o máximo critério e onde todos os obstáculos devem ser considerados em suas verdadeiras dimensões e perspectivas de superação

É interessante observar que o tema pode ser focalizado na solução de problemas e na percepção de oportunidades, o que resulta em grande proveito para quem tenha a pretensão de se lançar na realização de seus sonhos, seja na obtenção e na manutenção de um emprego, seja na criação de alguma forma de trabalho que lhe garanta o sustento e o conforto de si próprio e dos seus.

Em um primeiro momento, o termo utilizado era EMPREGO.

Nesta fase, a meta de cada um era conseguir um espaço como empregado em alguma organização pública ou privada garantindo assim, os recursos necessários para sua sobrevivência e de sua família.

Era a fase do emprego farto, da disponibilidade de espaço, do crescimento econômico acima das médias históricas, da expansão industrial, da possibilidade de escolha pelo melhor emprego.

Num segundo momento, com a queda de desempenho da economia, as empresas entraram num processo de otimização geral e surgiu a necessidade cada vez maior de especialistas nos mais diversos setores e a produtividade começou a falar mais alto do que a produção.

Estava começando a surgir o conceito de EMPREGABILIDADE onde o candidato precisava ter consciência de que o seu salário saía de sua própria capacidade de gerar lucro a seu patrão. Era essa capacidade que determinava sua permanência no cargo ou a perda do espaço para outro concorrente disposto a se doar mais em prol da vaga.

EMPREGABILIDADE – palavra tão nova que ainda não consta em alguns dicionários.  Relaciona-se com o termo employability que nos Estados Unidos significa a habilidade de ter e manter um emprego. O termo empregabilidade foi criado para designar um novo posicionamento frente ao trabalho.

As empresas investem no aumento da empregabilidade de seus funcionários para que possam ser úteis não apenas à própria empresa em função de um único cargo, mas ao mercado de trabalho do qual a própria empresa faz parte. Isto é o que se pode chamar de regar a própria horta.

Como empreender ao sair da faculdade

A primeira dificuldade do jovem é decidir o que vai ser quando “crescer”.

A profissão da moda hoje, poderá nem existir mais amanhã. O que existirá ao final dos poucos anos de faculdade?

Não seria interessante repensar todo o processo de formação?  Por que não desenvolver o cidadão em nível superior dando-lhe os fundamentos atualizados com o mundo em que vivemos, ajudando-o a entender os processos e preparando-o para encarar o momento de tão importante tomada de decisão?

Na luta pela sobrevivência e pela auto-sustentação, algumas palavras-chave foram assumindo posições de destaque no cotidiano daqueles que acabavam de sair de uma universidade em busca de oportunidades de ganhar o seu sustento como: emprego, empregabilidade e trabalhabilidade (ou, para alguns, trabalhidade), sem se esquecer da atualíssima sonhabilidade.

O desenvolvimento de nossa análise passará invariavelmente pela tradução de cada uma dessas palavras e suas verdadeiras conotações dentro da realidade econômico-empresarial de nosso país. Para que se possa estudar empreendedorismo com sucesso é preciso perceber a rigorosa necessidade de engajamento nos conceitos de educação continuada.

A velocidade da evolução tecnológica, bem como de outras evoluções paralelas como a política e a social, exigem que os participantes estejam permanentemente atentos ao que acontece ao seu redor e mesmo ao que acontece remotamente mas que possa ter influência no seu dia-a-dia.

Não é a toa que se afirma que um dos bens mais valiosos da atualidade é a informação, haja vista os investimentos que se observa neste setor.  Gigantes lutam entre si para apresentar a mais eficiente maneira de levar informação rápida e confiável a onde quer que seja necessário.  Entretanto, este frenesi pela novidade, pela inovação, pela modernidade acaba gerando vazios que se transformam em verdadeiros nichos de oportunidades a empreendedores atentos.

Deve-se ser ágil quando se decide realizar qualquer empreendimento. Deixar para depois pode ser a diferença entre o fracasso e o sucesso e isso é crescentemente fundamental para se alcançar os objetivos.

Preguiça é palavra morta no dicionário do empreendedor. A decisão de empreender exige determinação e agilidade, o que não deve ser confundido com pressa, que é a verdadeira inimiga da perfeição.  Sem pressa, no próximo artigo continuaremos a desenvolver este tema.  Até lá.

A grande maratona da vida

Importante não perder de vista que cada ser humano, para nascer, foi o vencedor de uma tremenda corrida de obstáculos contra milhões de concorrentes de valor e força equivalente à sua e igualmente determinados.  Portanto somos todos portadores de uma medalha de ouro na maior de todas as corridas e nascemos campeões.

Isso mesmo!  Nascemos campeões.  Todo ser humano nasceu para vencer, para ter sucesso e para ser feliz.  É preciso honrar esta medalha que nasceu pendurada no nosso peito.  Basta que trabalhemos para obter outras medalhas e aumentemos gradativamente nossa coleção.  Trabalhemos sim porque, chegar ao sucesso dá trabalho e as histórias de pessoas de sucesso que se conhece, passam sempre por enormes cargas de trabalho, de dedicação, de entusiasmo, de derrotas e de vitórias.

Quem nunca perdeu jamais conseguirá sentir o mesmo sabor da vitória se comparado com aquele outro que, pra chegar ao sucesso e vencer a guerra, perdeu várias batalhas pelo caminho, sofreu, se arranhou, apanhou, chorou, perseverou e aprendeu para, finalmente vencer.  Este vencedor saberá precisamente o real valor da vitória, o que ela lhe custou e quais foram os sacrifícios a que teve de se submeter para vencer, para chegar lá.

Pessoas têm diferentes motivações para abraçarem certas causas como para abraçarem certas religiões.É comum se encontrar pessoas que se lembram exatamente do momento em que foram tomadas por um sentimento arrebatador e se ligaram fortemente a uma determinada corrente religiosa e esse momento é lembrado como o momento sagrado da conversão.

Pois bem, minha “conversão” ao empreendedorismo aconteceu de uma maneira bastante singular e singela quando um jovem acadêmico, com a maior naturalidade, mencionou que estava para se formar e, assim, mudar de profissão e de status: deixaria de ser ESTUDANTE para se tornar mais um DESEMPREGADO.

Imediatamente meu cérebro começou a processar a informação e dar voltas e voltas na busca de resposta e solução para tamanha e contundente realidade.  Todo o meu ser passou a ficar sintonizado em verificar fórmulas e possibilidades de auxiliar na mudança dessa cruel e aparentemente, insolúvel verdade.

Daí a me interessar pelo estudo do empreendedorismo foi um pulo e já comecei a me dedicar imediatamente ao tema procurando fontes de consulta, pesquisando, assinando revistas especializadas, acessando sites, trocando experiências e escrevendo uma monografia para o curso de pós graduação em docência para o ensino superior que freqüentava, com o título de “O ensino do empreendedorismo na escola superior” onde logrei auferir, na defesa, a nota máxima e o entusiasmo da banca examinadora.

Pronto !    O primeiro passo estava dado e, agora, bastava seguir em frente, como venho tentando fazer neste blog.

Empreendedorismo: disciplina para uma nova escola.

Estudar empreendedorismo é estudar a natureza comportamental do ser humano diante de desafios e não se contentar com a simples manutenção do status quo.

Empreendendo consegue-se ver o mundo com novos olhos, com novos conceitos, com novas atitudes para se lidar com o risco e desenvolver a capacidade de inovar, perseverar e conviver com incertezas.  Por isso, na verdade, sempre é hora de se praticar alguma modalidade de empreendedorismo.

O que a escola ensina a seus alunos sobre a vida real que ele irá encontrar tão logo cumpra a última etapa de sua permanência no ambiente acadêmico?  Estará ele preparado para a competição do dia-a-dia na luta pela e para a sobrevivência?

É preciso estabelecer uma discussão sobre o interesse que possa haver para o futuro de nossos universitários, na introdução de práticas e teorias voltadas ao exercício do empreendedorismo durante seu período escolar de nível superior como forma de complementação de sua preparação para melhor enfrentar a realidade pós acadêmica.

E nada melhor para enfrentar a realidade pós acadêmica do que adquirir noções fundamentadas sobre empreendedorismo e superar aquela infeliz idéia de que a razão final de tudo é, pura e tão somente, a obtenção de alguma vaga em alguma empresa, ou seja, a obtenção única e simples de um mero emprego.

Ora, a realidade de mercado muda a cada momento e não há a menor garantia de que a realidade no dia da formatura seja a mesma que havia na data de inscrição para o vestibular.

Nossos jovens devem ser preparados pela escola, para a vida e não apenas para a profissão para a qual estão se formando e isto falta na maioria das escolas superiores.

Este deve ser o motivo maior da introdução da disciplina “empreendedorismo” na maioria das grades curriculares da maioria dos cursos superiores ou profissionalizantes que sobrevivem por todos os lados.

A onda da chinezização

Muito se ouviu dizer que empresa não pode ter coração e que o único objetivo de qualquer uma deve ser o lucro.  Talvez seja preciso repensar esses paradigmas (e com a máxima urgência) para que se consiga um primeiro passo na direção da contenção deste gigantesco tsunami mercadológico chamado China.

Em um dos últimos anos do século passado, numa reunião de lideranças regionais na cidade de Memphis, Tennessee, EUA, fui presenteado com uma caneca de louça e o comentário bem humorado feito no momento da entrega foi de que se tratava de um dos costumes regionais o fato de cada um ter sua caneca mas que se eu olhasse no fundo da minha, poderia ver que era ” Made in China”.  Isso aconteceu há quase vinte anos e era apenas a ponta do iceberg.

Algum tempo depois deste episódio conheci uma história de um empresário brasileiro, do ramo de confecções, que foi a uma viagem de negócios até a China com o propósito de comprar seda para sua fábrica de camisas.  Após várias rodadas de negociação, acabou comprando alguns containeres de seda e tudo foi festejado em um jantar de comemoração e confraternização onde, estrategicamente, sentou-se a seu lado um confeccionista chinês que, a certa altura perguntou: Por que não leva as camisas prontas ao invés de apenas a matéria prima?

Algumas contas pra lá e outras pra cá, o negócio foi fechado e os containeres acabaram ficando por lá mesmo.  O empresário, ao chegar de volta tratou de fechar sua fábrica e gerou um desemprego total a todos aqueles funcionários que o ajudaram a construir a solidez de sua grife.

O mesmo enredo, mudando apenas os personagens e o ramo de negócios multiplica-se epidemicamente por todos os quatro cantos do planeta.  Não é preciso ser nenhum profeta nem gênio em futurologia para perceber o final desta novela.  Parece que estão sendo deixados para trás alguns dos pilares do marketing como: o comprometimento com a qualidade e a responsabilidade social.

Será que não seria hora de assumirmos atitudes menos simplistas do que basear a razão de existência de uma empresa apenas no lucro?  O mundo está em pleno processo de chinezização e o andar desta carruagem está desembestado.

A seguir nesta trilha fico preocupado com o futuro da Sophia, que para quem não conhece, é minha netinha linda e querida.