Postura Empreendedora

A atividade empreendedora exige postura de liderança uma vez que colaboração e parceria são fatores indispensáveis ao sucesso.

Ninguém chega sozinho a lugar nenhum e convivência produtiva só é possível quando há uma liderança saudável.

É certo que há pessoas que nasceram para liderar e outras para serem lideradas e a melhor receita para essa iguaria do relacionamento é saber dosar com inteligência alguns temperos básicos como: paciência, justiça, humildade, tolerância, respeito, empatia, competência, proatividade, ética, carisma, amor…

Coragem não é saltar de um penhasco sem pára-quedas.

Isso é asneira, burrice, idiotice, suicídio.

Coragem é a capacidade de assumir riscos calculados, previamente analisados, ponderados, avaliados em seus prós e contras de maneira séria, profissional e criteriosa.

Coragem é a capacidade de acreditar em si próprio e obter a solução onde outros não conseguiram.

Roleta russa não é coisa de corajoso, é coisa de desequilibrado.

O empreendedor precisa aplicar sua coragem ao lançar-se numa empreitada difícil mas só deve fazê-lo se tiver feito direitinho toda a lição de casa avaliando ponto a ponto cada nuance, cada detalhe, cada passo.

É esse cuidado que reduz os riscos e transforma o ato de coragem em um resultado de sucesso e é essa a maneira de ser corajoso do empreendedor, com inteligência, com bom-senso, com equilíbrio, com foco no resultado, com perseverança, com dinamismo, com entusiasmo e com a certeza do sucesso.

Diferença entre Caixa e Disponibilidade

Muitos pequenos negócios desaparecem pelo hábito de se achar que o dinheiro que no caixa está disponível para ser consumido.  Está ali, à mão, mas é dele que deverá sair o pagamento das contas a vencer.

A aparente disponibilidade acaba fazendo com que se abaixe a guarda e se deixe envolver pelas tentações do consumo.  É aquela desculpa na ponta da língua: que falta poderá fazer esta merreca no final do mês? De merreca em merreca, o volume cresce imperceptivelmente e acaba faltando capital para saldar os compromissos.

O resultado acaba sendo apelar a empréstimos para saldar as dívidas e, pronto, está iniciado o processo de assoreamento financeiro que pode acabar em voçoroca.

Costuma-se dizer que grandes aquisições não desestabilizam o caixa de uma empresa pois são sempre(ou pelo menos deveriam ser) apoiadas em estudos de viabilidade que, seguidos, mantêm a saúde do negócio. Aqueles pequenos desvios diários, estes sim podem causar estragos irreversíveis.

O famoso sábio chinês Confúcio já dizia que: ninguém tropeça numa montanha e o que nos faz cair são as pequenas pedras do caminho.  Sabia das coisas, o china guru.

É mais comum do que parece, se deparar com este lamentável desvio de conduta e é aí que se separa o joio do trigo, o bom empresário do improvisador incompetente e irresponsável. Muitos se esquecem que, do lucro de um negócio devem sair os pagamentos dos tributos, das despesas fixas e variáveis e dos custos todos.

O passeio na Europa deve sair do lucro líquido.  Captou?  Lucro líquido.

Cuidado.

Diversificar, sim. Pular de galho em galho, não.

É claro que você percebeu que cantores de sucesso se identificam com determinado estilo musical.  Da mesma forma, profissionais de outras áreas ganham destaque em função de sua especialidade.

Isso significa que, ao permanecer em determinada situação e se dedicando a aprender e saber tudo sobre aquilo, conquista-se um posicionamento de destaque. 

Saber algo acima de média.  Diferenciar-se naquela área.  Ser reconhecido como O Cara é uma forma de agregar valor. 

O outro lado da moeda é a sabida velocidade com que avança a tecnologia e o perigo de acabar sendo um especialista em algo que está em processo de desaparecimento. 

É aqui que surge a tal da diversificação e um belo exemplo daquilo que estamos tentando dizer é a Kodak que, de uma das maiores fabricantes de filmes  e equipamentos para fotografias convencionais, ao perceber o surgimento da era digital, foi uma das pioneiras na produção e vendas de câmeras com a nova e emergente tecnologia. 

Também não há como deixar de lembrar de um grande amigo, desenhista de incrível talento, que ocupava o departamento de arte de um setor de propaganda em uma grande empresa da área.  Era ele que desenhava todos os story boards e criava as peças para comerciais de TV. 

De repente, apareceram os sofwares especiais para desenho e, sem se preocupar em aprender as novas técnicas, nosso herói se acomodou confiando no próprio talento e hoje sobrevive como motorista, que foi a habilidade que lhe restou para garantir sua sobrevivência. 

Adquirir conhecimento diferenciado em alguma coisa é importante mas também o é, ficar de olho nas inovações para não se ver preso na ilhota de sua especialidade quando a maré da modernidade o alcançar.

Afinal, quem são estes tais de empreendedores?

Empreendedores são aqueles que não sentem receio em inovar, que ousam tentar, que arriscam, que dão a cara a tapa na busca da inovação.

Empreendedores arrependem-se por ter errado mas, jamais, por não terem tentado.  São aqueles que realizam algo por opção e não por falta de opção.

Desta forma, empreendedores e inovadores não são exatamente aqueles que mudam apenas por mudar mas os que buscam soluções cada vez mais criativas, mais eficientes e mais baratas, que acreditam que tudo pode ser feito, sempre, um pouco melhor e, às vezes, muito melhor.

Se certas pessoas não acreditassem nessa máxima empreendedora, ainda estaríamos andando de Ford Bigode ou voando de Douglas DC-3. 

 Não fossem esses sonhadores e os pára-quedas continuariam redondos, não existiriam os retangulares de alto desempenho nem os parapentes.

Capacidade de trabalho é fundamental para quem pleiteie algum lugar no pódio da vida. 

Não se constroem campeões com ócio e desinteresse. 

Com um pouco de criatividade, o trabalho acaba por se constituir na maior fontede prazer e realização de um homem. 

Trabalhar é preencher o tempo de maneira produtiva, realizadora e progressista. 

O trabalho é a maior das fontes de longevidade e não são raros os casos de pessoas que, ao se aposentarem e reduzirem drasticamente suas atividades, entram em períodos de depressão, baixa de auto-estima, perda da saúde e até o trágico desfecho de uma morte prematura.

Enfim, trabalho é vida. 

Vida é desafio diário, permanente. 

Viver é manter a mente ativada, em constante atividade. 

Viver é estar sempre alerta para evitar qualquer apagão mental. 

Viver é manter o espírito elevado e estar sensível ao que acontece ao redor. 

Viver é estar comprometido com todos os meios: o meio em que se vive, o meio ambiente, o meio social, o meio de executar as próprias tarefas, o meio de proceder e dar exemplo, o meio de se destacar, o meio de se doar, o meio de aproveitar as inovações, o meio de provocar alterações.

Viver é, portanto, empreender.

Conceituando Empreendedorismo

Segundo Ichak Adizes, conceituado estudioso da área da administração empresarial nascido na Iugoslávia e radicado nos Estados Unidos, “Empreender  é uma das quatro  funções básicas no processo de tomada de decisões das gerências das organizações, tanto para empresas como outros tipos de instituições.  As outras funções seriam: Produzir, Administrar e Integrar. Para ele, empreender está associado à questão de antecipação do futuro, do planejamento, da ousadia e identifica-se com as perguntas: “por que fazer?”, “para que fazer?”, “quando fazer” e “onde fazer”.

Poderíamos então dizer que atividades empreendedoras são aquelas que exigem, para sua realização, uma certa categoria de indivíduos sonhadores e inovadores, com reconhecida capacidade de trabalho, forte espírito de liderança, coragem para assumir riscos, enfim, pessoas imbuídas do desejo de transformar sonhos em soluções e que não abrem mão de levar em consideração todos os seus valores éticos aliados a um compromisso social.

Assim, o termo empreendedor assumiria, de repente, um significado próximo ao de transformador.

Quando dizemos aqui “indivíduos sonhadores” não estamos, de nenhuma maneira, valorizando os construtores de quimeras, os crentes em contos da carochinha, os que aguardam pachorrentamente que as oportunidades caiam do céu, diretamente no seu colo. 

 Nosso sonhador é aquele que vislumbra a luz do sucesso incandescendo o futuro e vai em busca do caminho que o levará até lá de maneira planejada, segura, persistente e responsável.  Nesse caso, sonhar é apenas o primeiro passo rumo à realização, mas não deixa de ser o passo fundamental, que acende a chama e ascende o espírito que estimula a criatividade, que provoca a motivação. 

Sonhar é o que diferencia o homem de todos os outros animais.

O sonho do empreendedor é um sonho diferente.  É um sonho alimentado por uma enorme força de fé.  Aquela fé que remove montanhas e que leva o sonhador a atingir os seus objetivos.  Aquela fé cantada e decantada nos manuais de auto ajuda e que tem o poder de levar o sonhador até a realização de seu objetivo. Aquela fé que faz com que o participante de pesquisa de novos medicamentos, atinja a cura tomando placebo. 

O empreendedor vive com a certeza de que irá vencer e caminha com firmeza rumo ao sucesso.  Para ele, obstáculos não são barreiras mas etapas a serem vencidas.  Obstáculos não intimidam, desafiam.  Cada obstáculo vencido é um novo gol marcado na partida contra a realização do sonho e vencer muitos obstáculos significa ganhar de goleada, o que, convenhamos, é muito mais saboroso do que ganhar de um a zero.