Que maravilha é ter o privilégio de poder vagar por este tão vasto e diversificado planeta perdido nesta imensidão cósmica, testemunhando as mais diversas formas de vida nas mais diferentes condições de adaptabilidade e, simultaneamente, na mais perfeita harmonia e interdependência. Minerais, vegetais, animais, mono e multicelulares, nascendo, vivendo, reproduzindo, crescendo, evoluindo e avançando para algum lugar que ainda não vislumbramos. Mecanismo complexo, enorme, dinâmico, construído com peças desvinculadas fisicamente umas das outras mas absolutamente dependentes dos resultados individuais para que os resultados globais possam ser atingidos.
Dentre todas as espécies de vida que existiram, existem e existirão na superfície deste nosso, paradoxalmente, minúsculo e gigantesco elemento do universo conhecido, que resolvemos chamar de Terra, apenas uma, umazinhazinha só, é capaz de ameaçar o equilíbrio perfeito proposto pela mãe natureza. O tragicômico disso é que, exatamente essa espécie altamente perigosa e letal se autoproclama como a única a ter um certo atributo chamado de inteligência.
Aqui é preciso uma pausa para se possa esclarecer o sentido desta misteriosa palavra “inteligência” sob o entendimento da natureza criadora e sob a ótica da tal espécie sob observação aqui neste nosso bate papo.
Milhares de pessoas, pelo mundo afora, dedicaram e dedicam suas vidas na observação e análise da natureza e a cada nova descoberta, mais convergem para um consenso de que NÃO EXISTE forma de vida desnecessária. Tudo que vive, tem uma razão para estar vivo. Podemos até ainda não saber a razão mas, a qualquer momento o esclarecimento chegará, como vem acontecendo ao longo da história.
E vem, fulminante, a primeira pergunta: Poderá ser considerado inteligente o ser que contribui para a extinção de alguma espécie de vida? A quebra da Cadeia Alimentar em qualquer dos seus elos causará que efeitos? Como a natureza contornará o problema causado por esta quebra? Haverá solução? Ou não?
Não estou falando de dinossauros e seus parentes, que foram exterminados pela própria natureza por já terem cumprido seu papel no projeto desenvolvimentista global. Falo de espécies recentes que já foram extintas ou estão em fase crítica de extinção. Falo de florestas que estão desaparecendo. Falo da pesca predatória que acontece por toda a parte. Falo do excesso de pesticidas aplicados nas lavouras. Falo dos esgotamentos das jazidas de inúmeros minerais. E falo, muito mais preocupadamente, do aumento exponencial da população desta espécie “inteligente”.
No mundo animal, a única espécie que conhece a palavra “desperdício” é a humana.
Ao animais, ditos irracionais, se utilizam apenas do que necessitam para sua sobrevivência. Sob sua utilização, o equilíbrio da natureza sempre foi perfeito. O bicho homem, “inteligente”, produz comida suficiente para alimentar com folga toda a população mundial mas desperdiça tanto que uma parcela enorme de gente morre diariamente de fome.
Brigamos por futilidades. Nos desentendemos por bobagens. Guerreamos por vaidades de alguns líderes desequilibrados. Sofremos por injustiças indevidas. Acreditamos em mentirosos. Seguimos aproveitadores.
Vamos aprender com a natureza e cuidar de nosso planetinha.
Vamos gostar mais de nós mesmos e cuidar do nosso espaço.
Vamos ensinar nossos filhos o que é a verdadeira inteligência.
Vamos fazer a nossa parte para poder dar o exemplo a quem não faz a parte dele.
Eu sei que muita gente já faz isso mas, se você ainda não começou, que tal começar agora?
Topa?
Então seja muito bem-vindo!