Ainda ontem, em meio a uma aula de Estatística que estava ministrando para uma turma do Curso de Engenharia da Faculdade Novo Milênio, de Vila Velha-ES, me dei conta de uma similaridade que ainda não havia percebido.
Muitos autores de Probabilidade e Estatística, ao se referirem à palavra PESQUISA, insistem que ela não se refere exclusivamente a ambientes esterilizados onde fluidos coloridos correm por tubos e retortas de vidro e pessoas vestidas de jalecos brancos, com longas cabeleiras e óculos enormes circulam caoticamente com ares amalucados em meio a vapores com toda a sorte de odores e sabores.
Pesquisa, na verdade, é todo e qualquer processo que se inicia assim que alguém se depara com um problema e sai da inércia para tentar resolvê-lo.
Ao sentir frio e se levantar para ir até o armário em busca de um agasalho, estamos exercendo uma atividade de pesquisa.
As hipóteses começam a ser elaboradas no ato de se levantar da poltrona: — A solução é aquele casaco com gola de pele que deve estar na porta esquerda, ao lado do terno preto.
Como se vê, pesquisar é algo muito mais prosaico e acessível do que se pudesse imaginar.
A similaridade mencionada acima diz respeito à atividade de VENDA.
Pois é. Vender é algo bem mais simples do que se costuma propalar por aí afora. Os vendedores de maior sucesso não são aquelas metralhadoras verborrágicas que sufocam seus interlocutores com seus monólogos intermináveis.
Os profissionais de sucesso na área de vendas são os que conseguiram entender que sua função diante de qualquer cliente, não é empurrar uma mercadoria mas, sim, ser o elemento capaz de resolver o problema ou satisfazer o desejo trazido por ele.
Se pesquisar é sair em busca de alguma solução, vender é auxiliar alguém na busca de uma solução para o problema que ele esteja tendo naquele exato momento.