Posicionamento

O nosso Brasil e o mundo passam por um momento histórico interessante. Instabilidade parece ser o fator comum para a maioria dos povos independentemente de sua localização no mapa global de nosso planetinha. Troca de regimes políticos, alterações de crenças religiosas, excessos de protecionismos de fronteiras, impetuosidade nas manifestações da própria natureza na forma de temporais, furacões, terremotos, tsunamis, vulcões etc,  extremismos para todos os lados, explosões de manifestações populares e oficiais através das redes sociais, intolerância generalizada.

Percebem-se os efeitos e as consequências de tantas mudanças simultâneas mas, entretanto, com as mais diferentes causas. Valores até então aparentemente consagrados despiram-se de suas fantasias demagógicas e se viram desmascarados diante deste fenômeno tecnológico batizado de Redes Sociais. De repente, o povo até então enganado e manipulado pela grande mídia se deu conta de que tinha nas mãos a possibilidade de se fazer ouvir, de gritar sua vontade, de discordar do status quo, de opinar sem intermediários, de manifestar sua posição, de contestar decisões desfavoráveis e de participar diretamente da escolha dos rumos a serem tomados pelas lideranças teoricamente eleitas para trabalharem pelo crescimento geral da população, de acordo com a vontade da maioria mas, geralmente, mais sintonizada com a “realidade” das suas próprias necessidades.

Nasceu uma nova maneira de se fazer política e os velhos profissionais da área começaram a perceber que sua sobrevivência passava a depender de sua capacidade de adaptação aos novos tempos.

Finalmente, todos os poderes passaram a ser , finalmente, fiscalizados por seus representados e os castelos de areia começaram a se desmanchar pela ação do vento, da ventania, do furacão provocado pela manifestação popular.

Não precisava mais se submeter ao sol ou à chuva para manifestar seu aplauso, sua crítica ou sua sugestão. Bastava se posicionar diante de um teclado conectado à internet e escolher o pelotão mobilizado do mesmo lado de suas ideias e de seus objetivos.

Um novo modelo de guerra, mais eficiente, mais eficaz e menos sangrento começava a surgir para a história.

Neste primeiro momento ainda se vê muita gente desorientada, sem entender exatamente o que está acontecendo. Muita gente tentando se aproveitar para criar tumulto, gerar turbulência e tentar adiar ao máximo o final da era dos privilégios aos quais já haviam se acostumado.

Estamos sendo testemunhas do nascimento de uma nova era que tem tudo para colocar as coisas nos seus devidos lugares. As novas ferramentas conseguem descobrir as mentiras com muito mais velocidade e os mentirosos de plantão precisam também se reinventar sob pena de serem dizimados pelo próprio mal que cultivam.

Tomara que estejamos vendo nascer uma era onde o valor da verdade sobrepujará o da mentira, o valor do amor ao do ódio, o valor da honestidade ao da safadeza.

Tenho pena daqueles que ainda se agarram ao modelo antigo e perseveram na tentativa de burlar a lei, cultivar o jeitinho, legislar em causa própria, mamar nas tetas gordas do apadrinhamento descompromissado.

Portanto, chegou a hora.

Pare, pense, analise e decida. Posicione-se e assuma as consequências do sucesso ou do fracasso.

Escolha o seu futuro através, simplesmente, de seu posicionamento.

Amém.

O povoamento do Planeta

Que maravilha é ter o privilégio de poder vagar por este tão vasto e diversificado planeta perdido nesta imensidão cósmica, testemunhando as mais diversas formas de vida nas mais diferentes condições de adaptabilidade e, simultaneamente, na mais perfeita harmonia e interdependência. Minerais, vegetais, animais, mono e multicelulares, nascendo, vivendo, reproduzindo, crescendo, evoluindo e avançando para algum lugar que ainda não vislumbramos. Mecanismo complexo, enorme, dinâmico, construído com peças desvinculadas fisicamente umas das outras mas absolutamente dependentes dos resultados individuais para que os resultados globais possam ser atingidos.

Dentre todas as espécies de vida que existiram, existem e existirão na superfície deste nosso, paradoxalmente, minúsculo e gigantesco elemento do universo conhecido, que resolvemos chamar de Terra, apenas uma, umazinhazinha só, é capaz de ameaçar o equilíbrio perfeito proposto pela mãe natureza. O tragicômico disso é que, exatamente essa espécie altamente perigosa e letal se autoproclama como a única a ter um certo atributo chamado de inteligência.

Aqui é preciso uma pausa para se possa esclarecer o sentido desta misteriosa palavra “inteligência” sob o entendimento da natureza criadora e sob a ótica da tal espécie sob observação aqui neste nosso bate papo.

Milhares de pessoas, pelo mundo afora, dedicaram e dedicam suas vidas na observação e análise da natureza e a cada nova descoberta, mais convergem para um consenso de que NÃO EXISTE forma de vida desnecessária. Tudo que vive, tem uma razão para estar vivo. Podemos até ainda não saber a razão mas, a qualquer momento o esclarecimento chegará, como vem acontecendo ao longo da história.

E vem, fulminante, a primeira pergunta: Poderá ser considerado inteligente o ser que contribui para a extinção de alguma espécie de vida? A quebra da Cadeia Alimentar em qualquer dos seus elos causará que efeitos? Como a natureza contornará o problema causado por esta quebra? Haverá solução? Ou não?

Não estou falando de dinossauros e seus parentes, que foram exterminados pela própria natureza por já terem cumprido seu papel no projeto desenvolvimentista global. Falo de espécies recentes que já foram extintas ou estão em fase crítica de extinção.  Falo de florestas que estão desaparecendo. Falo da pesca predatória que acontece por toda a parte. Falo do excesso de pesticidas aplicados nas lavouras. Falo dos esgotamentos das jazidas de inúmeros minerais. E falo, muito mais preocupadamente, do aumento exponencial da população desta espécie “inteligente”.

No mundo animal, a única espécie que conhece a palavra “desperdício” é a humana.

Ao animais, ditos irracionais, se utilizam apenas do que necessitam para sua sobrevivência. Sob sua utilização, o equilíbrio da natureza sempre foi perfeito. O bicho homem, “inteligente”, produz comida suficiente para alimentar com folga toda a população mundial mas desperdiça tanto que uma parcela enorme de gente morre diariamente de fome.

Brigamos por futilidades. Nos desentendemos por bobagens. Guerreamos por vaidades de alguns líderes desequilibrados. Sofremos por injustiças indevidas. Acreditamos em mentirosos. Seguimos aproveitadores.

Vamos aprender com a natureza e cuidar de nosso planetinha.

Vamos gostar mais de nós mesmos e cuidar do nosso espaço.

Vamos ensinar nossos filhos o que é a verdadeira inteligência.

Vamos fazer a nossa parte para poder dar o exemplo a quem não faz a parte dele.

Eu sei que muita gente já faz isso mas, se você ainda não começou, que tal começar agora?

Topa?

Então seja muito bem-vindo!

Os Quatro Poderes

Todo país democrático é constituído por três poderes oficiais e, pelo menos mais um, não oficial, com força, no mínimo,  equivalente a cada um dos três primeiros. Os três poderes oficiais recebem da Constituição, atribuições específicas e rigorosamente definidas para que o conjunto possa funcionar sem conflitos e turbulências legais.

Esta é a teoria e seria perfeita se cada uma das partes exercesse sua competência dentro das ressalvas e dos limites pré estabelecidos.  Em muitos países o modelo funciona a contento mas, como é sobejamente sabido, há países e países. Há povos e povos. Há culturas e culturas. Há histórias, histórias e estórias.

Para que tudo realmente funcione é preciso que a razão central de tudo, o fulcro, o olho do furacão tenha sido muito bem feito, muito bem pensado, discutido, corrigido e, indiscutivelmente aprovado, aceito e respeitado. Este núcleo não precisa ser lato, onisciente e absoluto mas precisa ser seguido por absolutamente todos que vivem sob sua guarda até que seja atropelado pelo tempo e pelo avanço dos hábitos e costumes e precise ser atualizado. Em sua vigência deve ser único e isento de divergências e duplas, triplas ou enésimas interpretações. Transparência, clareza e justiça devem ser seus alicerces principais. Em alguns países é apenas uma linha mestra, concisa, pétrea, de poucos parágrafos mas amplos, magnos e definitivos. Outros países preferem uma verdadeira enciclopédia que contempla os conceitos de TODOS os códigos jurídicos.  É o nosso caso. Comparem os tamanhos da Constituição dos EEUU e da nossa. Vejam a idade de cada uma. Pois é…..

Cada país tem a necessidade de ter uma Constituição única para que se possa ter coerência jurisprudencial mas a redação da nossa, por ignorância ou por conveniência, permite interpretações não só diferentes mas, às vezes, até contraditórias. Verdadeiro absurdo paradoxo. Este fato faz com que os poderes, teoricamente preconizados para seguir esta orientação de conduta, se sintam à vontade para seguir as leis da maneira que melhor lhes convenham.

O resultado é a instalação de governos com os mais diversos nomes: Democracia, Socialismo, Comunismo, República, Monarquia, Teocracia etc mas com um significado majoritário: Anarquia.

Mas, então, surge o indiscutível quarto poder, que se propõe a ser o mocinho da história e revelar à população a verdade dos bastidores dessa devassidão governista. Que maravilha seria se o compromisso real fosse, efetivamente, com a verdade. Se tudo o que fosse noticiado retratasse pura e somente a verdade. Seria a reedição do paraíso. Mas, lamentavelmente, acontece a mercantilização da informação, que passou a ser o bem mais valioso do planeta e gerou algumas das maiores empresas mundiais, com poder para orientar os rumos da política local, nacional e internacional ao sabor de seus próprios interesses. Governos corruptos compram a consciência do jornalismo corrupto e divulgam mentiras à exaustão até que as mesmas se transformem em “verdades”.

A contaminação é tamanha que chega a dar incredulidade, desconfiança, tristeza, desesperança, impotência e toda a sorte de sensações e ideias negativas nas pessoas de bem.

O que fazer?

Orar? Rezar? Pedir a Deus? Conformar-se? Omitir-se?

Somos pais, avós, filhos e netos que precisamos assumir nosso compromisso com aqueles que vieram e estão construindo nosso legado genético. Temos de fazer nossa parte, por menor que seja, para ajudarmos a fazer de nosso planeta um local digno de se viver. Mas a nossa parte precisa ser bem feita. Sem falsidade, sem jeitinho, sem protecionismo, sem privilégios mas sempre com clareza, honestidade, justiça, competência e mérito.

Dá trabalho? Claro que dá, mas que mérito teria se não desse?

O espírito do Natal

Mais um ano entra nos seus estertores para abrir caminho a aquele que está prestes a nascer. Começa a semana das duas maiores datas comemorativas da humanidade: Natal e Ano Novo. Encabeçando a fila vem o Natal, a data da celebração do amor, da amizade, do perdão, da paz e de todos os sentimentos ligados à origem divina da alma humana. A data da emoção, da oração, da celebração do nascimento do menino redentor, da montagem dos presépios, das árvores iluminadas e das estrelas cadentes. O excesso de emoção e de sentimentos leva, naturalmente, a maioria das pessoas a uma situação de fragilidade, o que faz do Natal o momento de aumentar  a rolagem das lágrimas de todas as naturezas. Lágrimas de alegria pelo reencontro com pessoas queridas, pela realização de algum sonho, pela abertura de algum novo caminho, pelas boas lembranças e as de tristeza por algum arrependimento, alguma perda importante, alguma escolha errada.

Por mais incrível que possa parecer, o Natal também acaba sendo uma data onde se oferece a oportunidade para o constrangimento. Isso mesmo, constrangimento.

Vamos pegar a ponta do novelo desta história, lá longe, no nascimento de Jesus, o menino pobre que veio à luz numa manjedoura e recebeu a visita de reis que o encontraram  com a ajuda de uma estrela guia. Cada um desses reis chegou com um presente ao recém-nascido. Presentes  caros e fora do alcance das posses dos pais e da família do recém nascido. Vale aqui observar que os textos sagrados não mencionam presentes trazidos pelos reis aos demais integrantes da família e nem presentes oferecidos pela família visitada aos reis visitantes.

O ambiente sagrado pela presença do Messias, filho de Deus, não tinha absolutamente nada de ostentação e era constituído pela mais pura simplicidade e naturalidade. O alimento presente seria, talvez, no máximo, pão.

O hábito consagrado de incluir na data os presentes de Natal, não foi oriundo da singeleza da origem da história. Este hábito, do ponto de vista histórico, é recente e foi concebido e incentivado pelos mercadores, vendedores de presentes e abraçado pela propaganda até se tornar a data de maior volume de faturamento de todo o ano comercial.

Este hábito destruiu o espírito natural de qualquer presente, que deveria ser algo para ser dado e recebido como registro de algo relevante entre os portadores da mão que dá e da mão que recebe.

Quando se recebe um presente de Natal não se tem condições de avaliar se foi por algum mérito pessoal ou, simplesmente, por ser o dia de dar presentes a todo mundo e é aqui, neste ponto exato que surge o constrangimento.

Por sermos humanos, somos portadores de sentidos únicos dentre todas as outras espécies, como alguns dos pecados capitais.  Se recebemos um presente de valor maior do que os que conseguimos dar, ficamos humilhados e, evidentemente constrangidos.  Se oferecemos um presente mais valioso a alguém que, sabidamente não tem condições de retribuir na mesma altura, nos colocamos numa situação de tripudiador, de ostentador, o que é o outro lado da moeda do constrangimento.

Assim, para aqueles que gostam e podem presentear, façam isso a qualquer momento,  quando se depararem com algo que sabem ser do gosto de alguém especial para você, compre e presenteie. Estará dando prova que aquela pessoa foi mesmo lembrada por você e que o presente não foi apenas fruto da data de presentear.

Vamos celebrar o Natal por tudo de bom que ele representa, sem constrangimentos desnecessários.

FELIZ NATAL !!!!!!!

O País das Constituições

Ocupei muitos cargos em minha vida profissional e serviu para eu aprender algumas coisas que fui trazendo comigo pela vida afora. Uma delas é tão óbvia que nem deveria receber qualquer menção mas está tão na moda que vale a pena arriscar mencioná-la. Não adianta ter um livro enorme de regras e procedimentos se as pessoas não estiverem determinadas a cumpri-las. Regra basilar que vale para qualquer  carrinho de pipoca até um centro de pesquisa científica. Evidentemente incluem-se aqui países, governos, dirigentes, gestores, cidadãos, políticos etc.

Mas se é mesmo assim tão óbvio, por que estamos vivenciando uma época de tanta turbulência?

A queda de braço entre os poderes constituídos é a prova de que não é suficiente ter uma constituição a seguir mas, sim, a capacidade de se enquadrar nos ditames desta carta magna que não tem sua importância determinada pela quantidade de páginas, artigos e palavras mas pela qualidade do texto e sua clareza de exposição. Há constituições centenárias reconhecidamente respeitadas com menos páginas do que o prefácio da nossa volumosa, charmosa e desdenhada Lei Maior.

Seria ótimo se tivéssemos apenas uma constituição de absoluta unanimidade, soberana, clara, incontestável, perfeita e simplesmente respeitada e seguida por todos mas… aqueles que existem com a missão de serem seus guardiões são os primeiros a desrespeitá-la, vilipendiá-la, literalmente rasgá-la em público.

É impossível saber a quantidade de constituições que temos em vigor. Podemos começar com um mínimo de 12(doze) sendo uma escrita e publicada e outras 11(onze) praticadas pelos ministros do STF, cada um com a sua, pessoal, adaptada a seu bel prazer e/ou necessidade momentânea. Mas esta é apenas a ponta da pirâmide. Todos aqueles que exercem algum tipo de poder interpretam a pobre Carta Maior da forma que mais lhe convém e os fatos estão aí, diariamente para comprovar.

Não faltam leis mas pessoas determinadas a cumpri-las. Não faltam regras mas discernimento. Não faltam orientações mas determinação em segui-las. Não faltam opções corretas mas educação para aceita-las.

Pronto. Apareceu a palavra mágica: Educação.

É duro, triste, difícil engolir, aceitar, conviver com a realidade que somos um povo sem educação. Educação parece nunca ter sido prioridade de governo nenhum por aqui. Povo mal educado, mal preparado, mal orientado é massa de manobra fácil para os mal intencionados.

Eu quase que ia dizendo povo sem vergonha mas isso não é verdade. A verdade é que somos um povo com muita vergonha (em esmagadora maioria) mas acomodado e omisso permitindo ser levado por uma minoria sem vergonha, sem caráter, sem patriotismo e guiados apenas pela busca da riqueza pessoal por qualquer que seja o caminho.

Precisamos urgentemente começar a faxina geral e tratar de sair da omissão e partir para a luta com o objetivo de deixar um legado decente para as futuras gerações. Vamos tratar de acelerar a chegada do Novo Brasil, aquele que nossos filhos merecem e que temos a obrigação de legar.